quinta-feira, 6 de junho de 2013

Muito mais do que só um thriller.


Muitos me perguntam do que fala meu livro, qual o enredo. Bom, sinceramente, eu diria que, mais do que um “romance horror” ou um “suspense com terror psicológico”, o CRAZY MARY é, antes de tudo, um livro que fala sobre comportamento. Sim, e como não seria? A forma com a qual entrelaço a vida dos três personagens principais e, quiçá, dos tantos outros, deixa isso aparente. Ou não, talvez... Mas, é só observar entrelinhas.
Por exemplo, a criança dependente que vê sua infância ser roubada de maneira cruel e nojenta. Que vê na imagem daquela que deveria ser sua fonte de ternura e amor, seu algoz. Essa criança cresce desregrada e namora um sujeito ao qual sabe ser do desagrado do marido de sua mãe.
Acredito que MARY é mesmo um bom exemplo de adolescente que se enche de rebeldia. Esse tipo de adolescente que muitos ainda teimam em dizer que são “rebeldes sem causa”. Mas eis que te pergunto:

Será mesmo que é bem assim?

Tenho observado muito esses pais de família que ADORAM jogar sobre os ombros de seus filhos o dramalhão mexicano de sempre.
- Eu me sacrifico por você!
- Eu faço isso! Eu faço aquilo!
- Por que seu pai isso... Seu pai aquilo...
- Por que na minha época eu não era assim...
E vários outros mimimis que eles adoram ressaltar pra se autoflagelar e, com isso, tentar mutilar os filhos com uma obrigação que, talvez, seja um tanto desnecessária, mas, por sermos cegos pela sociedade banal, ninguém reparou ainda.
Entretanto, digo que é certo que os filhos reconheçam sim e deem valor ao que os pais fazem por si, não quero aqui criar discórdia entre famílias. Só que, ainda assim, mesmo com todo esse sacrifício aí, pergunto aos pais:
O que você tem feito e dado aos seus filhos?

>> A melhor escola / faculdade que o dinheiro pode pagar?
>> Roupas boas, algumas de marca famosa, até?
>> Vídeo games de última geração?
>> Ipod, Ipad, Tablet, netbook e afins?

Será que você, pai e mãe, já pararam para reparar o quanto você compra e, pior, VENDE seu filho? Isso não é educar e ensinar valores. Ah não! Isso não é demonstração de amor, carinho e tão pouco afeto!
Será que tudo, hoje em dia, precisa envolver status e dinheiro para ser o melhor? E então, quando seus filhos seguem por caminhos contrários aos seus, são eles os rebeldes sem causa e lá vem você de novo com o drama mexicano de “Maria de alguma coisa” gritando: óh, mas onde erramos com sua educação!?
Olhe direitinho para o que você está fazendo... Tem certeza que você não sabe?

É claro que, tanto a Mary, quanto todos os outros personagens do livro são fictícios e eu criei todo um mundo para localizá-los dentro de um enredo. Mas, como dito antes, entrelinhas, isso está claro ali! Eu mostro no livro o quanto pessoas dão importância demais para coisas importantes “de menos”! O quanto a preocupação com coisas desnecessárias podem fazer uma criança crescer um adulto, talvez, revoltado. – claro que, na psicologia, isso é contingencial.
Então, para os que me perguntam sobre o que “fala” meu livro: Sim, eu diria que, pra quem conseguir compreender, meu primeiro filhote, o CRAZY MARY, vai além de um thriller. O livro também “fala” sobre comportamento! 

Um comentário:

  1. Thi ---> Isso além de uma explicação sobre a proposta de #CM, também foi um desabafo né? É por isso que gostei tanto da obra, pois ela aborda o que realmente acontece a tempos... Parabéns pelo artigo. Bjkssss max da **Si

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