Muitos
me perguntam do que fala meu livro, qual o enredo. Bom, sinceramente, eu diria
que, mais do que um “romance horror” ou um “suspense com terror psicológico”, o
CRAZY MARY é, antes de tudo, um livro que fala sobre comportamento. Sim, e como
não seria? A forma com a qual entrelaço a vida dos três personagens principais
e, quiçá, dos tantos outros, deixa isso aparente. Ou não, talvez... Mas, é só
observar entrelinhas.
Por
exemplo, a criança dependente que vê sua infância ser roubada de maneira cruel
e nojenta. Que vê na imagem daquela que deveria ser sua fonte de ternura e amor,
seu algoz. Essa criança cresce desregrada e namora um sujeito ao qual sabe ser
do desagrado do marido de sua mãe.
Acredito
que MARY é mesmo um bom exemplo de adolescente que se enche de rebeldia. Esse
tipo de adolescente que muitos ainda teimam em dizer que são “rebeldes sem
causa”. Mas eis que te pergunto:
Será
mesmo que é bem assim?
Tenho
observado muito esses pais de família que ADORAM jogar sobre os ombros de seus
filhos o dramalhão mexicano de sempre.
-
Eu me sacrifico por você!
-
Eu faço isso! Eu faço aquilo!
-
Por que seu pai isso... Seu pai aquilo...
-
Por que na minha época eu não era assim...
E
vários outros mimimis que eles adoram ressaltar pra se autoflagelar e, com
isso, tentar mutilar os filhos com uma obrigação que, talvez, seja um tanto
desnecessária, mas, por sermos cegos pela sociedade banal, ninguém reparou
ainda.
Entretanto,
digo que é certo que os filhos reconheçam sim e deem valor ao que os pais fazem
por si, não quero aqui criar discórdia entre famílias. Só que, ainda assim,
mesmo com todo esse sacrifício aí, pergunto aos pais:
O
que você tem feito e dado aos seus filhos?
>>
A melhor escola / faculdade que o dinheiro pode pagar?
>>
Roupas boas, algumas de marca famosa, até?
>>
Vídeo games de última geração?
>>
Ipod, Ipad, Tablet, netbook e afins?
Será
que você, pai e mãe, já pararam para reparar o quanto você compra e, pior,
VENDE seu filho? Isso não é educar e ensinar valores. Ah não! Isso não é demonstração
de amor, carinho e tão pouco afeto!
Será
que tudo, hoje em dia, precisa envolver status e dinheiro para ser o melhor? E então,
quando seus filhos seguem por caminhos contrários aos seus, são eles os
rebeldes sem causa e lá vem você de novo com o drama mexicano de “Maria de
alguma coisa” gritando: óh, mas onde erramos com sua educação!?
Olhe
direitinho para o que você está fazendo... Tem certeza que você não sabe?
É
claro que, tanto a Mary, quanto todos os outros personagens do livro são
fictícios e eu criei todo um mundo para localizá-los dentro de um enredo. Mas,
como dito antes, entrelinhas, isso está claro ali! Eu mostro no livro o quanto
pessoas dão importância demais para coisas importantes “de menos”! O quanto a
preocupação com coisas desnecessárias podem fazer uma criança crescer um
adulto, talvez, revoltado. – claro que, na psicologia, isso é contingencial.
Então, para os que me
perguntam sobre o que “fala” meu livro: Sim, eu diria que, pra quem conseguir
compreender, meu primeiro filhote, o CRAZY MARY, vai além de um thriller. O
livro também “fala” sobre comportamento!
Thi ---> Isso além de uma explicação sobre a proposta de #CM, também foi um desabafo né? É por isso que gostei tanto da obra, pois ela aborda o que realmente acontece a tempos... Parabéns pelo artigo. Bjkssss max da **Si
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